quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

Leitura crítica da mídia: o papel das artes para gerar reflexão

Em 2020, um movimento chamado Liberte o Futuro, que se formou durante o primeiro período de isolamento físico imposto pela pandemia de Covid-19, uniu pessoas em torno das seguintes ideias: 

"Não podemos nos render à volta da normalidade que corrompe a natureza e condena bilhões à pobreza e à exaustão de seus corpos. 

Não devemos permitir que a Amazônia, cada vez mais perto do ponto de não retorno, siga sendo destruída.

 Precisamos usar a suspensão das atividades econômicas imposta pelo vírus para voltar a imaginar um futuro onde possamos e queiramos viver. 

Estamos em isolamento físico, mas não em isolamento social. 

As ideias precisam circular. Imaginar o futuro já é começar a criá-lo".

Foram realizados então Manifestos Cidadãos virtuais, os Manifãos. Os cartunistas Santiago e Hals participaram, enviando suas versões de Guernica, de Picasso. Nos vídeos a seguir, eles explicam as suas obras e a importância da cultura e das artes para denunciar as violências de todas as épocas em todas as formas. 

Dois anos depois, com mais de 600 mil mortos pelo vírus, e diante do negacionismo, das notícias falsas e da continuidade das ameaças e dos assassinatos, principalmente das populações negra e indígena, estas imagens se tornam ainda mais importantes. 

Como usar a arte para falar destas realidades em sala de aula, junto a movimentos sociais, em comunidades? Estes vídeos podem ser úteis, gerando reflexão e propostas de ação.