quarta-feira, 27 de maio de 2015

Leitura Crítica da Mídia: Arte e Sociedade - A Representação do Negro (Racismo nos tempos modernos)




"Algo se rasgou em 12 de maio de 2015. Naquela noite, em vez de uma peça de teatro, A Mulher do Trem, oito atores sociais subiram ao palco do auditório do Itaú Cultural, em São Paulo, para discutir a representação do negro na arte e na sociedade. A decisão foi tomada depois que Stephanie Ribeiro, blogueira negra e estudante de arquitetura, protestou contra o uso de “blackface” na peça e o considerou racismo, iniciando uma série de manifestações nas redes sociais da internet. “O que me impressiona é que o debate sobre racismo e blackface é antigo, pessoas do teatro se dizem tão cultas e não pararam para pensar sobre isso? Reproduzir isso em 2015 é tão nojento quanto ignorante. Mas, né, esqueci que, quando o assunto é negro, não existe esforço nenhum em haver respeito”, escreveu no Facebook. E acrescentou: “Só lamento, não passarão”.
Não passaram. Diante de uma acusação tão perigosa para a imagem pública de um e de outro, a companhia de teatro Os Fofos Encenam e o Itaú Cultural decidiram suspender a peça e, no mesmo local e horário, acolher o debate. O espetáculo que se desenrolou no palco tem a potência de um corte". (Eliane Brum, jornal El País)

Confira aqui o texto completo da jornalista Eliane Brum, no jornal El País, sobre a discussão "Arte e Sociedade - A Representação do Negro". 




quinta-feira, 14 de maio de 2015

Leitura Crítica da Mídia: "Vozes de uma gente invisível" e as pessoas em situação de rua



"Boca de Rua - Vozes de uma Gente Invisível" é um documentário sobre a história do jornal Boca de Rua, que é produzido por pessoas que vivem em situação de rua de Porto Alegre (RS). Com textos, fotos e ilustrações que revelam um pouco da realidade escondida nas grandes cidades, o veículo (fonte de renda para os participantes do projeto) integra a Rede Internacional de Publicações de Rua (International Network of Street Papers - INSP). 

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Leitura Crítica da Mídia: Manual pra não ser um "analfabeto midiático"


“Manual Prático (muito prático mesmo) de Leitura Crítica de Mídia”.


Este manual foi lançado após as manifestações populares de junho de 2013 no Brasil. Na entrevista a seguir, o jornalista do Centro de Cultura Luiz Freire, Ivan Moraes Filho, apresenta a proposta da publicação que tem como objetivo “fazer com que qualquer pessoa possa compreender o que está por trás das matérias e reportagens que vemos todos os dias e que possa encontrar maneiras de interferir nesse discurso”. O Manual é resultado de parceria do Centro de Cultura Luiz Freire, Fundação Ford e Auçuba – Comunicação e Educação, através do programa Oi Kabum! Escola de Arte e Tecnologia do Recife.

ODC – Como surgiu a ideia do guia? O que motivou à sua criação?
IF – No Centro de Cultura Luiz Freire nós já fazemos a leitura crítica da mídia de forma regular há pelo menos dez anos. Começamos dialogando diretamente com jornais e depois passamos a publicar alguns comentários, sob a ótica dos direitos humanos, num blog que depois se tornou o site www.ombudspe.org.br. Com o passar do tempo, foram surgindo outros ‘observatórios’ de mídia, normalmente feitos por jornalistas ou pessoas ligadas ao movimento da comunicação. Nós paramos de fazer análises diárias; como acreditamos que este exercício não pode ser um privilégio de quem é da área, resolvemos sistematizar nossa prática para que qualquer grupo pudesse também compreender o que está nas entrelinhas das informações publicadas pelos veículos de comunicação.


ODC - Quais são os principais conteúdos e como são tratados?
IF - A proposta do Manual é fazer com que qualquer pessoa possa compreender o que está por trás das matérias e reportagens que vemos todos os dias e que possa encontrar maneiras de interferir nesse discurso. Sendo assim, a análise já começa procurando identificar de onde parte aquele discurso. Quem controla o jornal? O concessionário da tevê tem outras empresas ou interesses políticos? Quem é o repórter que escreve? Para quem é direcionada cada publicação? A partir daí, damos sugestões de como interpretar títulos, legendas, fotos, matérias – e até aquilo que não está escrito. Os últimos passos dão dicas de como atuar para dialogar com os meios, que vão desde conversas com jornalistas até representações no Ministério Público.
Acesse o manual aqui.