terça-feira, 10 de abril de 2018

Leitura Crítica da Mídia: Direito à Comunicação e Internet





Alguns dados interessantes trazidos pelo relatório:

- Atualmente, cerca de 54% dos lares no mundo tem acesso à Internet, com taxas desiguais nos recortes geográfico (índices maiores no Norte Global e menores no Sul, especialmente África) e de renda. Para os conectados, a entrada tem se dado apenas pelo e para o consumo.

- No mercado digital, os dados pessoais se tornaram o novo petróleo da economia, representando, segundo o jornal El País, uma média 8 centavos de dólar por pessoa. Este é o valor que empresas interessadas nas informações de internautas pagam para montar bancos de dados a partir da coleta massiva e indiscriminada de informações na rede. Essas informações são posteriormente usadas para mapear e visar perfis específicos com hábitos de compras, preferências pessoais e até orientações políticas.


- Na Europa, o Facebook, uma das redes sociais que está entre as maiores empresas que coletam dados pessoais dos usuários, foi multado pela Agência Espanhola de Proteção de Dados (AEPD) em 1,2 milhão de euros por violar as regras de privacidade do país. A Agência constatou que a empresa recolhe, armazena e utiliza dados dos seus usuários, incluindo os que são protegidos para fins publicitários, sem autorização nenhuma das pessoas.


- No Brasil, um exemplo da disseminação desta prática vem de uma grande rede nacional de supermercados, que criou um aplicativo - chamado “Pão de Açúcar Mais”, que já foi baixado por mais de 500 mil pessoas - para oferecer descontos em diversos produtos. Mas aí vem a pergunta: o que a empresa ganha com isso? A resposta é: os dados pessoais dos usuários do aplicativo. Apesar do negócio do Pão de Açúcar não ser tecnologia, a partir do momento em que a empresa tem acesso aos dados de seus clientes, fornecidos como condição para o uso do aplicativo, pode fazer os mais diferentes usos deste banco de informações. O mesmo vale para a TV Globo, que tem coletado dados massivamente de seus telespectadores por meio de uma campanha de envio de vídeos para a emissora e do novo cadastro exigido para quem quiser participar das votações do Big Brother Brasil.

"Práticas como essas são abusivas e tornam o cidadão refém das grandes companhias da Internet, limitando sua presença na rede ao consumo, impedindo seu empoderamento digital e o uso autônomo da rede e, consequentemente, violando seu exercício do direito à comunicação no mundo conectado".


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