Os artigo citados fazem parte de uma série publicada no site Outras Palavras e em duas edições da Revista da Faculdade do Dieese de Ciências do Trabalho. A publicação é fruto de parceria com a Rede de Estudos e Monitoramento da Reforma Trabalhista (REMIR) e a Associação Brasileira de Estudos do Trabalho (ABET).

Os youtubers
mirins e as violações do direito à infância
Três casos expõem dilemas do trabalho de crianças e adolescentes em plataformas. Por trás da fama prometida, há superexposição, esgotamento e danos psicológicos. É hora de o Youtube — que lucra com as violações — ser responsabilizado

A face ruralista das plataformas digitais
Microsoft, Amazon e Syngenta investem pesado em tecnologias direcionadas inclusive aos pequenos e médios agricultores. Sob o discurso de otimização, capturam dados — e intensificam uso de venenos, o endividamento e a produção de commodities

A precarização já chega aos goleiros de aluguel
Em sinal singelo de como as plataformas tornam-se ubíquas, uma delas propõe terceirizar uma função ingrata em partidas amadoras. Há 100 mil goleiros cadastrados. Em sua avaliação, humores do jogo pesam mais que a qualidade do trabalho

Games: Exploração discreta, porém intensa
Há bem mais que diversão no Twitch, a rede social remunerada para gamers. Plataforma induz participantes a lutarem entre si, num jogo em que poucos ganham, o lucro da corporação é certo e a responsabilidade, zero. Mas já brota a resistência

Entregadores: como se forma a consciência do precariado
Pesquisa revela: eles sabem o quanto são explorados — mas não têm alternativa. Muitos participam dos “breques dos apps”. Apoiam articulação com sindicatos. Acreditam que Estado deve ser pressionado por melhorias trabalhistas…

TI: a precarização chega à alta tecnologia
Proliferam no Brasil as plataformas que oferecem consultorias, projetos e suporte técnico em computação. Em comum: trabalho sem direitos, longas jornadas, despotismo algorítmico e gestão férrea do tempo que se deve estar disponível

Fazendas de cliques, face invisível da precarização
Depois da Ásia, proliferam no Brasil plataformas para turbinar artificialmente as redes sociais de empresas e influenciadores. Os métodos: pagar centavos por tarefa, obrigando trabalhadores a multiplicar difusão de notícias e perfis falsos

Quando o precarizado serve às máquinas
Plataformas crowdwork robotizam o trabalho humano através de microtarefas — e instituem “leilões de frilas”. Quase sempre são para “treinar” a inteligência artificial. É o sonho capitalista de cortar custos dos tempos improdutivos

Como o comércio eletrônico descarta os trabalhadores
E-commerce explodiu na pandemia. Milhões de empregos se perderam. Vendedores que ficaram reduziram-se a vitrines de suas lojas. E o consumidor, que se julga favorecido, faz para a corporação boa parte do trabalho de venda

Os tentáculos das plataformas sobre a Educação
Como funciona a intermediação digital de aulas particulares, modelo que cresce na pandemia. O professor mais precarizado: “leilão” de menor preço por aula, esgotamento e ensino padronizado. Ensino Médio e cursos técnicos, os novos alvos

Precariedade, o lado sombrio das tecnologias da Saúde
Imagens, uso de dados e inteligência artificial poderiam multiplicar potência dos diagnósticos e tratamentos. Mas, juntas, vêm péssimas condições de trabalho, jornadas massacrantes, insegurança profissional e diluição de responsabilidades

A precarização do trabalho do jornalista e a digitalização
Novo retrato de uma velha profissão: pejotização, enxugamento de redações e profissionais sem tempo e autonomia, submetidos a lógicas embrutecedoras. Uso de Inteligência Artificial para produzir textos pode degradar mais a atividade

Como avança a uberização no setor de turismo
Plataformas como Booking e Airbnb produziram demissões em massa nas agências de viagens e hotéis. E o setor ampliou o uso de apps de trabalho por demanda. Disponibilidade 24h e “estrelas” recebidas definem o futuro destes precarizados

Como a uberização chega aos serviços de beleza
Cabeleireiras. Maquiadoras. Depiladoras. Manicures. Para fisgá-las, as plataformas prometem mais clientes e melhor remuneração que os salões. Logo, as taxas tornam-se abusivas — e, sem diálogo ou transparência, não hesitam em puni-las

A gigante (e invisível) uberização do Cuidado
Babás. Cuidadoras de idosos. Faxineiras. Domésticas. Um vasto leque de profissões está submetido agora às plataformas. Sempre precário, trabalho é marcado pela incerteza (quem é o patrão?) e pela mão de obra feminina e negra

O trabalho precário já invade o mundo do dinheiro
Retrato da uberização no setor: plataformas arrebanham mão de obra em nome de bancos e corretoras. Buscam bancários demitidos para… fazerem o mesmo trabalho de antes, agora por salários menores, sem vínculos e sem direitos

A lei da precarização ameaça os advogados
Eram liberais e autônomos. Agora, parte crescente da categoria é forçada a múltiplas formas de precarização – inclusive vender serviços avulsos em leilões. Como a lógica das plataformas insinua-se em todos os poros do Direito

Viagem ao inferno do trabalho em plataformas
Elas alastraram-se muito além dos ubers e ifoods. Eliminam direitos e capturam renda em dezenas de profissões, todos os níveis de instrução e faixas etárias. Vamos examiná-las a fundo. Texto sobre seu avanço na advocacia abrirá a série