terça-feira, 21 de novembro de 2023

Leitura crítica da mídia: SUMAÚMA Jornalismo do Centro do Mundo

"Sumaúma é uma das maiores árvores da floresta amazônica. Basta pronunciar a palavra sumaúma (também chamada de samaúma, em algumas regiões) na Amazônia, para que cada pessoa conte uma história. É por isso que escolhemos esse nome para essa plataforma de jornalismo. Queremos contar histórias que moram aqui, na Amazônia, e contar histórias que acontecem em outras partes do planeta a partir da floresta e da perspectiva de seus vários povos, assim como da melhor ciência do clima e da Terra."

Este texto explica um pouco de Sumaúma Jornalismo do Centro do Mundo, plataforma que reúne reportagens, quadrinhos, áudios, animações. Traz um material para discutir, refletir, compartilhar em salas de aula. 

Destaques:


Série Mais-que-Humanes - histórias contatadas sob a perspectiva de animais, plantas, fungos e outros seres que habitam a floresta

Como seriam as nossas histórias se fossem escritas e contadas com a gramática da animação? Que outras histórias (sobre sociedade, política, direito, ciência ou arte) seriam possíveis se mudássemos de perspectiva e, em vez da autoria humana solitária, reconhecêssemos que animais, plantas, fungos e outros seres não humanos também são atores e autores da vida na Terra?






Guariba  - a história de uma macaquinho e sua amiga formiga chamada TUCA

SUMAÚMA segue a jornada de Guariba enquanto ele explora sua casa-floresta e tenta entender os humanos que o ameaçam









 



sexta-feira, 29 de abril de 2022

Leitura Crítica da Mídia: Faces da Precarização do Trabalho

Os artigo citados fazem parte de uma série publicada no site Outras Palavras e em duas edições da Revista da Faculdade do Dieese de Ciências do Trabalho. A publicação é fruto de parceria com a Rede de Estudos e Monitoramento da Reforma Trabalhista (REMIR) e a Associação Brasileira de Estudos do Trabalho (ABET). 




































Leia todos os textos desta série sobre as várias faces da precarização do trabalho clicando AQUI.



quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

Leitura crítica da mídia: o papel das artes para gerar reflexão

Em 2020, um movimento chamado Liberte o Futuro, que se formou durante o primeiro período de isolamento físico imposto pela pandemia de Covid-19, uniu pessoas em torno das seguintes ideias: 

"Não podemos nos render à volta da normalidade que corrompe a natureza e condena bilhões à pobreza e à exaustão de seus corpos. 

Não devemos permitir que a Amazônia, cada vez mais perto do ponto de não retorno, siga sendo destruída.

 Precisamos usar a suspensão das atividades econômicas imposta pelo vírus para voltar a imaginar um futuro onde possamos e queiramos viver. 

Estamos em isolamento físico, mas não em isolamento social. 

As ideias precisam circular. Imaginar o futuro já é começar a criá-lo".

Foram realizados então Manifestos Cidadãos virtuais, os Manifãos. Os cartunistas Santiago e Hals participaram, enviando suas versões de Guernica, de Picasso. Nos vídeos a seguir, eles explicam as suas obras e a importância da cultura e das artes para denunciar as violências de todas as épocas em todas as formas. 

Dois anos depois, com mais de 600 mil mortos pelo vírus, e diante do negacionismo, das notícias falsas e da continuidade das ameaças e dos assassinatos, principalmente das populações negra e indígena, estas imagens se tornam ainda mais importantes. 

Como usar a arte para falar destas realidades em sala de aula, junto a movimentos sociais, em comunidades? Estes vídeos podem ser úteis, gerando reflexão e propostas de ação. 

sábado, 1 de janeiro de 2022

Leitura Crítica da Mídia: Isso é Educomunicação! Programas de áudio para ouvir, refletir, debater

 Ao longo de 2021, ainda sob o impacto do distanciamento físico devido à pandemia de Covid-19, tive a oportunidade de participar da produção, gravação e edição de programas de áudio - conhecidos atualmente como podcasts. Um deles, chamado "Fala Direitos Humanos", do Movimento de Justiça e Direitos Humanos de Porto Alegre (RS). O outro intitulado "Janela aberta para a Leitura", do Centro Municipal de Educação dos Trabalhadores (CMET) Paulo Freire, também de Porto Alegre. 

Diferentes da maior parte dos podcasts que se generalizaram no Brasil com mais força nos últimos dois anos, estes dois projetos seguem os princípios da Educomunicação: utilizam a tecnologia com um fim social e solidário, transformador desde a origem, baseados nas lições do educador Paulo Freire e do comunicador Mário Kaplun. 

Não são podcasts clean (sem ruídos ou falhas). Começando pelo nome e sua apresentação (em português mesmo): são programas em áudio feitos, na maioria das vezes, a partir de perguntas ou textos geradores de reflexões, sem roteiros definidos. Nestes programas, vale mais o processo do que o produto final, ainda que os resultados sejam ricos em conteúdos, e sobretudo em experiências de vida e saberes acumulados. Os nomes dos projetos foram escolhidos por votação entre as equipes. 

São programas que podem ser usados para incentivar diálogos em sala de aula, encontros comunitários e de movimentos sociais, ou para estudos em universidades. 



"Fala Direitos humanos" propõe fazer uma ponte entre as comunidades em seus territórios e as pessoas que defendem e fazem da luta por direitos um objetivo de vida. É o caso do Movimento de Justiça e Direitos Humanos de Porto Alegre, fundado e conduzido por Jair Krischke, que participa dos programas. A equipe mescla estudantes do CMET Paulo Freire - escola municipal dedicada ao ensino de jovens e adultos -, e representantes de bairros como Sarandi e Mario Quintana, na periferia da cidade. A ideia é responder a dúvidas da população sobre quais são seus direitos e, a partir destes programas, gerar material para discussões nas escolas. O projeto estreou em 2021 com uma série de episódios que podem ser considerados "pilotos". Utilizou como base a gravação de encontros virtuais. Por isso, tem ruídos e ecos. Novamente, aqui, o que vale é o processo.

Ouça em: 

https://open.spotify.com/show/6c7Kw0rEGFiA0rqraI8LUF?fbclid=IwAR2dOYMm4lZEaUfX89xPOgG94H7p3XHGXAwKm-wIp8o6Xl6iwSwCh9dbgMc






"Janela aberta para a Leitura" é uma série de programas em áudio  gravada ao longo do ano 2021 junto a estudantes das turmas de Educação de Jovens e Adultos do Centro Municipal de Educação dos Trabalhadores (CMET) Paulo Freire, de Porto Alegre (RS).  O grupo leu trechos do livro "Quarto de Despejo - Diário de uma Favelada", de Carolina Maria de Jesus. A partir das leituras, refletiu sobre o processo de escrita, e temas como racismo, gênero, direitos de crianças e adolescentes, educação, política. Os episódios  reúnem registros em áudio de partes significativas dos encontros virtuais, editados para facilitar sua divulgação. 

Devido à pandemia de Covid-19, as reuniões foram realizadas (e gravadas) on-line. Havia dificuldades de conexão pela Internet, que muitas vezes era via celular. Algumas pessoas estavam ainda se familiarizando com a tecnologia. Os microfones captaram também o entorno de lugares de onde estavam se conectando. Por isso, há ruídos e microfonia.

 

Ouça em 

https://www.youtube.com/channel/UCuDjKsAxxt3k1PCQkURGCyg





 

sexta-feira, 5 de novembro de 2021

Leitura Crítica da Mídia: Crise Climática e a Amazônia, centro do mundo

Leia o livro “Banzeiro òkòtó - Uma viagem à Amazônia Centro do Mundo”, da jornalista Eliane Brum (editora Companhia das Letras). 

Neste vídeo, ela conversa com convidades da floresta e é como se fôssemos transportados para a Amazônia. São vozes normalmente caladas pela imprensa, que aqui ganham visibilidade, amplitude, corpo, emoção. 

Dica: Pode-se gerar discussões em sala de aula ou em encontros com movimentos sociais a partir de cada um dos depoimentos, que podem ser vistos separadamente, contextualizados dentro do momento histórico que vivemos. 

Sobre Amazônia, centro do mundo, veja também:


Assista ao vídeo AQUI, leia o livro!


quarta-feira, 1 de setembro de 2021

Leitura Crítica da Mídia: por que é importante proteger os dados de crianças e adolescentes?

 Já parou para pensar que, mesmo antes de nascer, crianças já têm seus dados pessoais coletados? Isso é assustador. E, de acordo com o UNICEF, o público infantil já constitui ⅓ dos usuários da internet. Imagine a quantidade de dados de crianças e adolescentes aos quais empresas, incluindo plataformas digitais, acabam tendo acesso. Um dos riscos disso é que informações como nome, idade, endereço, histórico de saúde e até gostos pessoais podem, de fato, ser usadas para manipular suas escolhas e comportamentos.

Leia a reportagem completa aqui: https://criancaeconsumo.org.br/noticias/dados-de-criancas-e-adolescentes/

Saiba mais assistindo a esse vídeo da UNICEF:





 

segunda-feira, 15 de março de 2021

Leitura Crítica da Mídia: Falar de doação de órgãos e transplantes é urgente

Por que é preciso falar de doações de órgãos e transplantes?

Porque doar órgãos é um gesto de amor à vida. E a doação só pode ser realizada a partir da autorização por escrito de um familiar do doador. Por isso, é fundamental conversar sobre o assunto em família, na escola, nas universidades, em todos os lugares.  


Em meio à pandemia de Covid-19, aumenta a luta de quem espera por transplante 


O texto a seguir foi publicado pelo jornal ExtraClasse no dia 8 de março de 2021. Ele faz parte de uma série de artigos que venho escrevendo ao longo dos anos para falar da importância da doação de órgãos e tecidos. Refere-se à situação no Estado do Rio Grande do Sul. Colocar-se no lugar de outra pessoa que precisa de um transplante de órgãos é a melhor maneira de entender o quão importante é ser um/a doador/a.



Somente no Rio Grande do Sul, são 1.749 pessoas na lista de espera, segundo a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO). Dos adultos, 1.005 esperam por rim; 139, por fígado; 16, coração; 106, pulmão; um, pâncreas; dois, pâncreas e rim; e 428, córneas. Das crianças, 22 esperam por rim; nove, fígado; seis, coração; quatro, pulmão; e 11, córneas.

Rochelle Fraga Benites* é uma das pessoas que esperam por pulmão. Ela tem Histiocitose X, uma doença autoimune que atacou seus dois pulmões. Há três anos entrou para a lista de espera por um transplante duplo. Rochelle, que mantinha uma vida super ativa, com três filhos pequenos, que gostava de jogar futebol e andar de skate, hoje depende 24 horas de um cilindro de oxigênio.

Ela vive o terror diário de ficar sem ar quando falta luz, porque seu cilindro de oxigênio é abastecido pela energia elétrica, ou quando a Prefeitura não disponibiliza a quantidade de que precisa para se manter viva. E agora, com a suspensão dos transplantes, sua preocupação aumenta ainda mais.

*Há três anos na lista de espera por um transplante pulmonar duplo, Rochelle morreu em 19 de agosto de 2021. 




Em 11 de março, Dia Mundial do Rim, a Fundação Ecarta promoveu um diálogo virtual com Clotilde Druck Garcia, professora de Nefrologia da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (RS), médica da Nefrologia Pediátrica da Santa Casa de Porto Alegre e coordenadora do departamento de transplante pediátrico da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO). Também participaram Fabiana Bender, transplantada renal há oito anos e acadêmica de Medicina, integrante da Associação Brasileira de Transplantados (ABTX), e Maria Lucia Kruel Elbern, psicóloga e psicanalista, mãe de transplantado renal e presidente da VIA Pró-Doações e Transplantes/VIAVIDA.

O vídeo resultante dessa conversa está disponível em https://www.youtube.com/watch?v=rDydq7rfQNo e pode também ser visto aqui: 







Em março de 2021, Maria Lucia deu a seguinte entrevista: 

Moradia e aconchego para quem segue na lista de espera 



Ser doador de órgãos e tecidos não dói, ao contrário. Faz com que a dor de uma família pela perda de um ente querido com morte encefálica seja amenizada. Consola. Ao doar os órgãos desta pessoa, é possível salvar muitas vidas. A psicóloga Maria Lucia Kruel Elbern teve essa certeza quando seu filho de 15 anos precisou de um transplante de rim e não encontrou ninguém compatível na família para doar o órgão, há 22 anos. Lucia começou então a frequentar hospitais, queria saber tudo sobre transplantes, e passou a percorrer escolas, empresas e outros eventos da Capital explicando que a doação de órgãos é um ato de amor e vida. 

A espera do filho de Maria Lucia por um rim durou um ano. Neste período, junto com mais voluntárias, contribuiu para aumentar em 30% as doações de órgãos no Estado. Foram aconselhadas pelos médicos a continuarem conscientizando. Ao conhecer pessoas que estavam na lista por um órgão e precisavam voltar para sua cidade, porque não tinham como se manter em Porto Alegre, tiveram a ideia de criar a Pousada Solidariedade, que abriga prioritariamente jovens até 18 anos no pré ou pós-transplante.

Hoje Maria Lucia é uma das responsáveis pelo projeto VIAVIDA, que atua em três áreas: educação, sustentabilidade e assistência. Segue realizando ações em escolas, como a contação da história “A tartaruguinha que perdeu o casco”, para levar informação sobre doação de órgãos e os cuidados com a saúde para evitar a necessidade de transplante.  Com a Covid-19, a Pousada teve de diminuir o número de hóspedes por questões sanitárias, mas entre os planos do VIAVIDA para 2021 está o de aumentar a capacidade da casa. Outro projeto, em fase de captação de recursos, tem apoio de profissionais da área médica e visa a contribuir para diminuir a negativa familiar.


Quer saber mais sobre Doações e Transplantes de Órgãos?



Caderno Especial Cultura Doadora: https://issuu.com/sinprors/docs/merged__5_

Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO): https://site.abto.org.br/

Associação Brasileira de Transplantados (ABTX): https://www.abtx.com.br/




Como falar sobre o tema em sala de aula?


A Fundação Ecarta desenvolve o projeto Cultura Doadora que tem como objetivo contribuir na formação de uma cultura de solidariedade e de uma atitude proativa para a doação de órgãos e tecidos. Também visa à qualificação da infraestrutura de atendimento à saúde no Rio Grande do Sul. 

O projeto divulga uma série de reportagens e materiais pedagógicos para subsidiar educador@s na abordagem do tema em sala de aula dos diversos níveis de ensino. 

O lançamento da Cultura Doadora contou com a presença saudosa do cantor e compositor Luciano Leindecker:




Para assistir a todos os vídeos do lançamento, acesse aqui: https://youtube.com/playlist?list=PLLgQTZYUtGKXzRUgWAlOB3jZAJI7lhJgn